Você já se esqueceu de uma palavra importante ou travou no meio de uma frase sem motivo aparente? Na psicanálise, esses pequenos lapsos não são meras coincidências. Eles carregam significados profundos ligados ao inconsciente.
O que é um ato falho?
O esquecimento de palavras, falas ou nomes é um dos exemplos clássicos do que Sigmund Freud chamou de ato falho. Segundo ele, esses lapsos revelam conflitos internos, desejos reprimidos ou conteúdos que o sujeito tenta manter fora da consciência.
“Não há acaso nos processos mentais. Todo esquecimento tem um motivo.” — Sigmund Freud
Por que esquecemos palavras?
Na ótica psicanalítica, o esquecimento ocorre porque algo está sendo recalcado. Ou seja, existe uma força psíquica que impede certos conteúdos (desejos, lembranças, emoções) de virem à tona. Quando tentam emergir, aparecem distorcidos ou encobertos, como em lapsos de linguagem.
Exemplos comuns:
Esquecer o nome de alguém com quem se teve um conflito.
Trocar palavras por outras com significados inconscientes.
Engasgar em discursos importantes por medo ou ansiedade.
O que isso revela sobre nós?
Esses esquecimentos nos convidam a olhar para dentro. Eles podem indicar:
Conflitos emocionais não resolvidos.
Desejos reprimidos.
Medos inconscientes.
Situações que nos geram desconforto e que tentamos evitar.
Como a psicanálise pode ajudar?
Através do processo analítico, é possível investigar os motivos inconscientes por trás desses lapsos. O esquecimento deixa de ser um simples erro e passa a ser uma porta de entrada para o autoconhecimento.
A escuta psicanalítica ajuda o sujeito a dar sentido a esses “desvios” da linguagem e a entender como o inconsciente se manifesta no cotidiano.